Foto: Bolly Vieira |
Segundo a secretária da Ação Cultural, Rosângela
Camolese, a programação deste ano foi concebida para ampliar o espaço aos nomes
locais. “A gente sempre deve dar chance aos que nunca se apresentaram na Virada.
Temos nos preocupado em incluir artistas profissionais e em fase de
profissionalização para que possam mostrar o seu trabalho ao público”,
declarou, ao lembrar que o evento amplia o acesso à cultura.
Pela primeira vez, a Semac levou atrações para a
Capela do Monte Alegre e Varejão do Mário Dedini. A maior parte das atividades
se concentrou no Parque do Engenho Central, com dois palcos externos, o Teatro
Municipal Erotídes de Campos e o Centro Nacional de Humor Gráfico. Às margens
do rio Piracicaba foram realizadas apresentações musicais e exposições no
Parque da Rua do Porto, largo dos Pescadores, Casarão do Turismo e Casa do
Povoador.
Na área central, foram incluídos Centro de
Documentação, Cultura e Política Negra, Mercado Municipal, Museu Prudente de
Moraes, Rodoviária Intermunicipal, Pinacoteca Miguel Dutra e o Sesc Piracicaba.
Nos bairros foi possível conferir atrações no Cemitério da Saudade, Centro
Cultural Hugo Pedro Carradore, Centro Cultural Izaíra Barbosa, Estação da
Paulista e Varejão da Vila Resende.
A secretária citou o clima de segurança em todo o
período, sem ocorrências de violência. Ela lembrou que esta característica está
presente desde a primeira edição da Virada na cidade. “Temos muito a agradecer
ao Governo do Estado de São Paulo por confiar em Piracicaba. Nos empenhamos ao
máximo para que a cultura seja disseminada da melhor forma possível”, declarou,
ao reforçar também da pontualidade de todas as atrações.
Ao fazer um balanço do evento, o prefeito Gabriel
Ferrato lembrou que Piracicaba possui espaços adequados para o desenvolvimento
de ações em cultura. “Para nós é sempre motivo de satisfação receber a Virada Cultural.
Temos tradição de várias atrações culturais ao longo do ano, mas esse é um
evento diferenciado, que contribui com a formação de público por contemplar
diversas pessoas e as mais variadas manifestações artísticas.”
O encerramento da Virada, às 18h30 de domingo, contou
com a apresentação do cantor Guilherme Arantes no Engenho Central. Diversas canções
foram cantadas em coro da primeira à última letra pela plateia, caso de Lindo
Balão Azul, Cheia de Charme, Deixa Chover e Um Dia, Um Adeus. Ao apresentar
Planeta Água, o cantor declarou que os versos foram produzidos numa época em
que o rio Piracicaba possuía peixes em abundância. E completou: “Mas o destino
desse rio é renascer”.
Ainda sobre Piracicaba, Guilherme falou de
apresentações no Sesc na década de 80 e citou nomes de amigos que moram ou
nasceram na cidade. “Eu me sinto local. Piracicaba foi um dos lugares que me
acolheu no início da carreira”, declarou Guilherme, ao citar as canções Mania
de Possuir e Loucas Horas, ambas lançadas em 1986 no álbum Calor e cujos versos
foram “fruto de baladas” em terras piracicabanas.
PROGRAMAÇÃO
– A banda Nação Zumbi cantou
pontualmente à meia-noite de sábado para domingo e agitou o público com mais de
uma hora e meia de apresentação. Ainda no espaço estiveram DJ Kri, Fusile,
Grooveria, Flávia Bitencourt e O Terno. No Palco 2, destinado às bandas locais,
as apresentações foram conduzidas por H7, One Minute Less, Super Zé, Bambas,
Victor e o Gramofone e Nilton Santin.
Quem esteve na noite de sábado no Engenho também se
surpreendeu com a performance Suaveciclo, desenvolvida por Ygor Marotta e
Cecília Soloaga. A bordo de um triciclo adaptado, eles iluminaram os históricos
armazéns com projeção de grafite digital.
No Teatro Erotídes de Campos, a fila para a
apresentação de Marcelo Mansfield, às 23h30 de sábado, teve início três horas
antes. O público também prestigiou o grupo de dança Pró-Posição, Os Fofos,
Telma Fernandes, Associação Cultural Quilombola de Tamandaré, Marat Descartes e
duas sessões de cinema no projeto Curtas Pontos MIS.
A programação 2014 também trouxe, entre os artistas
locais, Alê Antunes, Bebé Salvego, Evinha do Forró, Lu Garcia, Elaine Teotônio,
DJ Claudinho’s, Zulu Queem Ana, Duo ZaniDutra, Quarteto Opus 4, Quarteto Jazz,
Pa Moreno, Hot Clube de Piracicaba, Moacyr Siqueira, Sandra Rodrigues, Juninho
Caipira e Marcelo Souza, Nino Brown e Soul Sister, e as bandas Zumblack, Rock Brasuca, Brasil
Real, Sambatuck, Samba d’Aninha, Meu Prazer, Porto Maracatu, Okan, Máfiz do
Jazz, Gerson King Combo & Supergroove e Lê Coelho e os Urubus Malandros.
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